quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um pouco de Arte - Parte 1


Entre meus artistas preferidos estão Pablo Picasso, Salvador Dali, Miró, Monet e Vincent Van Gogh.

Picasso é mais que um artista, tornou-se uma lenda com suas obras e seus amores. Sua arte incluia desenho, gravura, pintura, colagem e cerâmica, as quais retratavam a vida, as pessoas e seus hábitos de uma maneira crítica e irônica, levando-nos, ainda hoje, a nos questionar os valores da sociedade. Com ele a liberdade total da forma na manifestação artística tornou-se definitiva.

Já Dali, ah que delícia, era ainda mais livre, desprovido de qualquer ligação com este mundo, tipo aquela música "tô nem aí para vocês". O surrealismo que expõe nada mais é que trazer a superfície o inconsciente coletivo, a loucura incrustada em cada arquétipo de personalidade. Seguindo a linha surrealista, mas tendendo também ao cubismo, Joan Miró (pintor e escultor catalão), aplica em suas obras conceitos da natureza num sentido poético e transcendental, porém o que mais me fascina é o colorido das suas obras. No entanto, ao final de sua vida, seus quadros eram em preto e branco e pontuais. Nada é imutável, especialmente para a alma de um artista!

Um pouco de Arte - Parte 2


Monet... tudo de bom e mais alguma coisa... pureza, paz, sonhos. Pinceladas livres e pontuais (só sei pintar assim seguindo seu estilo). O segundo quadro que copiei foi de Monet (e o último porque meu professor quase teve um infarto... “não se copia, se cria!”, disse ele. Mas não há equilíbrio em Monet, preste atenção... há uma total desarmonia, mas juntando as várias peças “do quebra cabeça” nosso célebro traduz como perfeito, natural. E não é assim é o mundo? Só que ele acrescentava pinceladas de luz aqui e acolá, enfatizando o aspecto lúdico do viver...

Vicente Van Gogh, devo confessar que foi o primeiro a copiar (e quase também fico sem orelha, rs). A pessoa de Van Gogh era desequilibrada, infelizmente um gênio que não foi reconhecido enquanto vivo. Mas suas pinturas... são fantásticas, intrigantes, realistas, detalhistas e interpretativas. Conhece as 3 versões do "Quarto em Arles"? Maravilhosas... não canso de vê-las e revê-las, os detalhes, tão iguais e tão diferentes... foi aí que me apaixonei pela COR, e passei a estudá-la em todos aspectos: físico, químico, psicológico, emocional, exotérico (chacras), feng shui. Passei a observar as cores das roupas que os amigos escolhem, casas, porque uma flor é branca e outra é vermelha etc. Sugestão: procure as cartas que Van Gogh enviava ao irmão quando morou no quarto em Arles, vai amar.

Já disseram que sou especialista em cores, mas acho que faltam alguns anos de estudo para isto. E muitos, muitos livros...

Um pouco de Arte - Parte 3

Faltaram as mulheres. Frida kahlo... uma mulher à frente do seu tempo... que não se conformou em ser uma sombra do marido. Guerreira, venceu dificuldades físicas, amou homens e mulheres. Adoro tudo que é irreverente, tudo que quebra os padrões de uma sociedade, porque isto é verdadeiro viver, criar, inovar. O resto me faz lembrar a cena clássica do filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin.

Por fim, a nossa Tarsila do Amaral, a “caipirinha francesa”, apelidada assim porque imprimia com maestria em seus quadros aspectos rústicos do interior do nosso país com os sofisticados de Paris, em uma única obra. Também à frente do seu tempo, participou do movimento de 1922. Deve ter revolucionado e escandalizado com as obras A Negra e Abaporu que são representações da mulher e do homem que geraram os brasileiros. Para completar a tríade (que amo de paixão e serve de inspiração para minhas esculturas), unindo o feminino com o masculino, produz Antropofagia. Infelizmente faleceu em 1973, mas enfim, somente na década de 70 do século passado seu trabalho começou a ser revisto e valorizado.

Mas não se esqueçam... sou apenas alguém que gosta de arte e cor... e tiro minhas conclusões, que para mim são verdades porque as sinto.

domingo, 22 de maio de 2011

Preto e Branco - CASA COR 2011


Mas um exemplo da atualidade do uso do preto e branco, inclusive com mistura de padronagem.

No ambiente "Loft Rosita Missoni", criado por Leo Shehtman, o preto e branco foi aplicado em diferentes padrões gráficos. Observe que há toques sutis da cor laranja e do verde (folhagens).

Fonte:http://casavogue.globo.com
Foto: Fáustulo Machado

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Preto e o Branco

Ambiente montado por mim na Casa Mais Design, localizada na Av. Beira Mar, 830 - Aracaju/SE. Foto: Marta Oliveira.




Chegou a hora de falar de duas cores – o PRETO e o BRANCO. Por que somente agora? Primeiro porque fui provocada por um belíssimo “post” do Grupo Modular (FACEBOOK). Segundo porque a união do preto com o branco é o que busco na minha vida pessoal e profissional: é o yin e o yang, é a harmonia em sua plenitude!

Uma idéia equivocada é que estas cores representam somente o minimalismo. Na realidade a combinação do preto com o branco é um clássico do design mundial, podendo ser contemporâneo, casual ou até mesmo irreverente.

Você já ouviu dizer que o preto ou o branco estão fora de moda? Nunca! É uma ambientação irresistível. No entanto, não é simplesmente jogar uma cadeira preta ao lado de uma mesinha branca. Existem detalhes a serem observados:

1 – Analise o espaço que você quer decorar em preto e branco. Qual estilo você quer nele: contemporâneo, clássico, wabi-sabi, minimalista ou quem sabe bem radical: preto total/branco total;
2 – Decida se haverá misturas de lisos com padronagens: xadrez, listras, branco com bolinhas pretas. Misturar padrões torna o ambiente menos monótono. Mas cuidado com excesso, aposte mais nas peças lisas;
3 – Escolha sempre móveis com design clássico ou arrojado;
4 – Qual é sua personalidade? Extrovertida ou romântica? Para as pessoas que querem causar impacto em sua casa acrescente objetos decorativos em outra cor mais viva: amarelo, laranja, berinjela, verde, rosa choque. Tranquilidade e paz: adicione lilás, azul ou rosa bebê;
5 – E quando se escolhe o branco total como base. Seja criativo e coloque uma peça chave na cor preta, como um lustre, uma escultura, um tapete. Com certeza este ambiente não passará despercebido;
6 – E o contrário: preto total como base? Complicou? Se o espaço for amplo não tenha medo, inclusive pode usar os móveis da mesma cor. Seus amigos, com certeza, vão se sentir em um verdadeiro cenário de um filme (O Fantasma da Ópera!!??);
7 – Quer continuar dramatizando? Crie um recuo no teto em gesso, que será pintado na cor preta, onde se coloca luminárias, como spots ou trilhos;
8 – Aplique papéis de parede diferenciados ou até mesmo em 3D. Com riscas finas pretas numa parede (ou paredes, se forem bem discretas). Gosta de arriscar? Pinte uma parede toda de preto... simplesmente fantástico e exótico;
9 – Cuidado com os materiais complementares, a melhor escolha é o vidro, o aço, a prata e outros metais brilhantes;
10 - Decoração P&B requer fotografias também em preto e branco, com molduras pretas. Ilustrações, pinturas e outras obras de arte emolduradas com diferentes combinações de preto e branco são uma excelente dica para avivar este tipo de decoração, quer estejam penduradas ou encostadas a uma parede;
11 – Abuse de objetos pequenos pretos e brancos, lisos ou com texturas. Use velas pretas, copos pretos, toalhas pretas, papel higiênico preto (sim... existe!).



Mas sempre use o bom senso e para não errar contrate um Designer de Interiores filiado a ABD (Associação dos Designers de Interiores) – no site consta (no botão “ENCONTRE”) todos os profissionais habilitados (htpp://www.abd.org.br).

O agora...
















Minhas previsões quanto ao uso de cor em 2010 ficaram mais para final de 2010. Em Milão 2011 foi só o que se viu: cor e mais cor...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Simples assim...

"Decoração não tem haver com fazer cenários, nem com fazer fotos bonitas para revistas, tem haver realmente com criar qualidade de vida, uma beleza que alimenta a alma..."
Frase de Albert Hadley, premiado designer de interiores americano

segunda-feira, 14 de março de 2011

Uma mulher de fibra!


JANETE DA COSTA

Nasceu em Garanhuns, estado de Pernambuco, no ano de 1932. Cursou a faculdade nacional de arquitetura – universidade e do Brasil no Rio de Janeiro e planejamento de Interiores no instituto Joaquim Nabuco, Recife-Pe, 1979. É responsável por centenas de projetos de arquitetura de interiores e ambientação de residências, prédios públicos, escritórios de empresas e sobretudo hotéis. Possui projetos executados em todo o Brasil e no exterior.

Seu trabalho tem como características, além da linguagem contemporânea o profundo conhecimento dos materiais e da sua adequação e coerência com os ambientes criados, a valorização do artesanato brasileiro e a criação de design exclusivo e personalizado para os projetos.

Janete promove, na execução destes projetos, artífices em áreas carentes de nosso país, dando assim oportunidade de trabalho a um sem números de famílias que, exercendo seu ofício, aprimoram suas qualidades e sua cultura a partir da orientação dela emanada. A arquiteta complementa seus trabalhos com obras de artistas brasileiros harmonizando-as com os ambientes criados.

Aos setenta e nove anos, essa incansável pernambucana consegue manter ocupados seus escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife com projetos por todo o país, e ainda reserva tempo e energia para promoção e divulgação da arte popular brasileira no país e no Exterior.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O que é realmente importante...


"A gente é igual a passarinho quando escolhe o próprio canto. Casa é ninho. Consome todo o carinho e a intuição para achar o lugar que vai abrigar quem a gente mais ama, a família. Da porta pra dentro, o mundo é perfeito. Da porta pra fora, o mundo anda meio esquisito. Devemos levar para casa somente o que é especial, seja objeto, seja sentimento. Deixe os problemas do lado de fora. Mantenha o seu ninho sempre rodeado e cercado. Rodeado de amor e cercado de paz!"

(Um presente que ganhei de minha prima Luciana)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ser... apenas...


Com as suas origens enraizadas numa antiga arte japonesa, wabi-sabi é uma nova forma de viver e de decorar, sem stress e sem preocupação. É a arte da beleza imperfeita, ou seja, dá-se valor à autenticidade, natureza e simplicidade, em detrimento da ostentação, alta tecnologia e design contemporâneo. Há quem diga que o wabi-sabi é o novo feng shui.

“Wabi” significa “coisas simples e frescas” e “Sabi” significa “coisas cuja beleza foi adquirida com a idade”. O conceito é simples: encontrar beleza na imperfeição, ou seja, o wabi-sabi valoriza mais a beleza singular, aquela que é naturalmente bela; do que aquela que é obviamente bela, mas que foi artificialmente construída, por exemplo.

Viver de forma modesta e aprender a sentir-se satisfeito com aquilo que tem depois de ter eliminado o supérfluo, é a filosofia do wabi-sabi. Aplicado à decoração, não difere muito deste conceito:

1. Ambientes minimalistas, simples, orgânicos e modestos;
2. Requerem-se espaços pouco cheios onde os artigos dominantes são exclusivamente os essenciais. Essa escolha é feita baseada na sua utilidade, beleza ou sentimentalismo (ou os três);
3. As cores na decoração wabi-sabi tem base no branco e nos tons terra;
4. Privilegia-se o uso de materiais naturais (madeira envelhecida, pedregulhos, barro, lã, algodão cru, linho) em vez de materiais artificiais e/ou luxuosos (plástico laminado, mármore polido, placa de vidro, porcelana, poliéster);
5. Em termos de peças de decoração:mobília e elementos reciclados/reaproveitados, objetos feitos à mão e encontrados em feiras de usados, antiguidades e outras do gênero;
6. A Mãe Natureza deve ser uma companhia constante e deve ser trazida do exterior para o interior sempre que possível: plantas e flores, de preferência do campo, e até ramos de árvore são bem-vindos;
7. Proteger a casa contra o ruído, o que significa um melhor isolamento de portas e janelas, cortinas mais pesadas;
8. Organizar a casa de cima a baixo, jogando fora, reciclando ou doando o excesso. Encontrar um lugar específico para cada coisa para manter a organização (contrate um Designer de Interiores!);
9. Privilegiar a luz natural e aplicar corretamente a iluminação artificial (agora é a vez do Lighting Designer!);
10. Usar formas irregulares e que não têm necessariamente de combinar entre si (em termos de mobiliário também);
11. Expor peças com alma, elevado simbolismo ou sentimentalismo: fotografias em preto e branco do casamento dos seus avós, lençóis e toalhas bordados pela sua mãe, uma escultura amadora feita pelo seu companheiro, um conjunto de pedras apanhadas à beira-mar ou um desenho colorido do seu filho;
12. Criar um espaço pessoal que serve de refúgio e/ou de meditação;
13. Apreciar a imperfeição – a presença de arranhões e fissuras na mobília, portas ou objetos é considerado um símbolo da passagem do tempo e da forma carinhosa e natural de como foram utilizados. No ambiente certo, as peças gastas por anos de uso ganham uma magia inigualável e reconfortante, são companheiros de uma casa, testemunhos de uma vida.