sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ser... apenas...


Com as suas origens enraizadas numa antiga arte japonesa, wabi-sabi é uma nova forma de viver e de decorar, sem stress e sem preocupação. É a arte da beleza imperfeita, ou seja, dá-se valor à autenticidade, natureza e simplicidade, em detrimento da ostentação, alta tecnologia e design contemporâneo. Há quem diga que o wabi-sabi é o novo feng shui.

“Wabi” significa “coisas simples e frescas” e “Sabi” significa “coisas cuja beleza foi adquirida com a idade”. O conceito é simples: encontrar beleza na imperfeição, ou seja, o wabi-sabi valoriza mais a beleza singular, aquela que é naturalmente bela; do que aquela que é obviamente bela, mas que foi artificialmente construída, por exemplo.

Viver de forma modesta e aprender a sentir-se satisfeito com aquilo que tem depois de ter eliminado o supérfluo, é a filosofia do wabi-sabi. Aplicado à decoração, não difere muito deste conceito:

1. Ambientes minimalistas, simples, orgânicos e modestos;
2. Requerem-se espaços pouco cheios onde os artigos dominantes são exclusivamente os essenciais. Essa escolha é feita baseada na sua utilidade, beleza ou sentimentalismo (ou os três);
3. As cores na decoração wabi-sabi tem base no branco e nos tons terra;
4. Privilegia-se o uso de materiais naturais (madeira envelhecida, pedregulhos, barro, lã, algodão cru, linho) em vez de materiais artificiais e/ou luxuosos (plástico laminado, mármore polido, placa de vidro, porcelana, poliéster);
5. Em termos de peças de decoração:mobília e elementos reciclados/reaproveitados, objetos feitos à mão e encontrados em feiras de usados, antiguidades e outras do gênero;
6. A Mãe Natureza deve ser uma companhia constante e deve ser trazida do exterior para o interior sempre que possível: plantas e flores, de preferência do campo, e até ramos de árvore são bem-vindos;
7. Proteger a casa contra o ruído, o que significa um melhor isolamento de portas e janelas, cortinas mais pesadas;
8. Organizar a casa de cima a baixo, jogando fora, reciclando ou doando o excesso. Encontrar um lugar específico para cada coisa para manter a organização (contrate um Designer de Interiores!);
9. Privilegiar a luz natural e aplicar corretamente a iluminação artificial (agora é a vez do Lighting Designer!);
10. Usar formas irregulares e que não têm necessariamente de combinar entre si (em termos de mobiliário também);
11. Expor peças com alma, elevado simbolismo ou sentimentalismo: fotografias em preto e branco do casamento dos seus avós, lençóis e toalhas bordados pela sua mãe, uma escultura amadora feita pelo seu companheiro, um conjunto de pedras apanhadas à beira-mar ou um desenho colorido do seu filho;
12. Criar um espaço pessoal que serve de refúgio e/ou de meditação;
13. Apreciar a imperfeição – a presença de arranhões e fissuras na mobília, portas ou objetos é considerado um símbolo da passagem do tempo e da forma carinhosa e natural de como foram utilizados. No ambiente certo, as peças gastas por anos de uso ganham uma magia inigualável e reconfortante, são companheiros de uma casa, testemunhos de uma vida.

Um comentário:

  1. Oi Josy, é minha primeira vez visitando seu blog, e estou gostando muito. Como gosto também das filosofias do feng shui e wabi-sabi.
    Sua foto para essa postagem muito bem ambas filosofias, simples e bonita.
    Abraços.

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